top of page
Buscar

“Parei o tratamento porque achei que já estava bem”. Não caia nesse erro.

  • Foto do escritor: Dr. Robson Miranda Costa
    Dr. Robson Miranda Costa
  • 26 de fev.
  • 2 min de leitura

Desde que eu comecei a minha formação na psiquiatria, durante a residência mesmo, não há uma só semana em que eu não escute essa frase e não precise ajudar o paciente com os efeitos dela. A parada repentina do tratamento gera muitas consequências físicas e psíquicas, que vão de efeitos chamados de "síndrome de retirada" a recaída nos sintomas psiquiátricos.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Quanto tento analisar a lógica por trás desse raciocínio, muitas ideias me vêm à cabeça: uma dificuldade em ficar bem e um auto boicote; o preconceito enorme que ainda existe com as medicações psiquiátricas; e quem sabe até uma ideia onipotente de que temos que dar conta de tudo sozinho, ou seremos considerados fracos e frágeis.



tratamento psiquiátrico

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Curioso que esse fenômeno de "parar o tratamento porque se está bem" não se restringe apenas às medicações, mas ao tratamento em psicoterapia também. Vejamos, se você só procura a psicoterapia quando está mal e sendo uma das funções desse tratamento o autoconhecimento, só irá conhecer seu funcionamento quando estiver em um estado mental para baixo, desagradável? Será que não seria interessante descobrir como a sua mente funciona quando está tudo bem?

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Voltando aos medicamentos, a história mais comum é o paciente parar de tomar a medicação logo quando ela começa a fazer os efeitos e se sente melhor. Porém, em seguida à interrupção, às vezes em questão de poucos dias, ou voltam alguns sintomas ou surge algum efeito da retirada da medicação. Rapidamente ele retoma a sua tomada, de forma tão abrupta quanto parou, mas agora surgem efeitos colaterais. Bate uma sensação de culpa e desespero, e só então procuram ajuda do psiquiatra.




⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Esse é um processo muito desagradável, especialmente para os pacientes. Por isso, tento sempre explicar tudo de forma minuciosa e didática, afinal, da porta do consultório para fora, a decisão de tomar ou não a medicação é do paciente. E só me resta torcer para que ele faça a melhor escolha.


Dr. Robson Miranda Costa

SP 161745/RQE 65782


🖥Consulta online (telemedicina)


Atendimento presencial

📍Ribeirão Preto

Av. Braz Olaia Acosta 1.900, Ed. Prime Office, sala 608

📱Telefone:

(17) 99116-6086

 
 
 

Comments


bottom of page